Battlefield 3 – Épico no multiplayer

Battlefield 3 – Épico no multiplayer

11 de novembro de 2011 2 Por Moritão
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Fala pessoal! Demorei mas não sonegarei! Segue a minha crítica sobre a mais nova versão desse clássico do FPS multiplayer, Battlefield 3!

Battlefield 3 é a mais nova instância dessa famosíssima franquia da DICE (Digital Illusions CE). Lançado em 25 de outubro de 2011, esse jogo foi incrivelmente esperado pelos milhares de fãs da série e por inúmeros curiosos, ávidos a sair do Call of Duty, procurando coisa melhor (Opinião pessoal, CoD é muito bom também).

O jogo roda em cima da plataforma Frostbite 2, cujas melhorias garantem um jogo mais leve e maior destruição, comparado ao Bad Company 2. Outra boa notícia é que com essa nova versão, a DICE divulgou que não está descartada a possibilidade de fazer MODs, ou seja, jogos diferentes rodando na mesma plataforma, algo que não era possível de fazer no Bad Company 2.

Mas vamos ao que interessa: o Gameplay!

BF3_Sniper_GDC_656x369

Seguindo a linha iniciada em Battlefield 2142, os jogadores têm a possibilidade de jogar com 4 kits:

Assault

A classe Assault tem como armas primárias rifles leves de baixo calibre e alta mobilidade, para avançar rapidamente pelo front de batalha. Retornando ao modelo do BF2412, o assault também é medico e tem como gadgets o desfibrilador e o kit médico. Não preciso dar mais explicações para essa classe que, sem a menor dúvida, é uma das favoritas dos fraggers.

Engineer

A classe Engineer porta submachine guns (metralhadoras leves) e rocket launchers como armas principais e seu papel é consertar veículos aliados e ajudar a destruir veículos inimigos. Uma peculiaridade descoberta pelos jogadores, desde o Bad Company 2, foi que os engenheiros também servem muito bem para a linha de frente, pois o raio de explosão e quantidade de dano foi aumentado em seus RPGs, fazendo com que se tornassem armas mortais para a infantaria, sendo possível fazer double ou triple kills facilmente. Os engenheiros agora contam também com um robô, controlado por controle remoto, que serve para fazer a parte reparos e sabotagem exatamente como o engenheiro faz, porém sem precisar arriscar sua vida na frente de batalha (mais detalhes na sessão de gadgets).

Support (voltaram!)

Em Bad Company 2 a classe Support havia sido desmantelada em dois, onde os Assaults tinham pegado seu ammo hub e os medics pegaram suas light e heavy machine guns. Agora o kit Support está de volta, com suas metralhadoras de alto calibre e centenas de balas por pente.  Com a nova feature de suppressing fire, a classe support tem maior importância na batalha (explicarei melhor mais a frente).

 Recon

Os Recons, ou mais popularmente conhecidos como snipers, não poderiam faltar! Em Battlefield 3, os snipers foram enfraquecidos, pois agora suas miras telescópicas brilham (muito) quando os jogadores procuram por seus alvos, o que deixou muito mais difícil para os players que ficavam escondidos no meio do mato, apenas dando tiros certeiros. A DICE resolveu tornar essa classe mais ofensiva, oferecendo rifles semi-automáticos e mudando o visual dos uniformes, em vez de ter a famosa ghillie suit (aquela cheia de folhas e musgos), os recons agora usam roupas normais, para que possam participar da linha de frente nas batalhas. Os recons também ganharam mais importância tática, pois agora eles são responsáveis por plantar pontos de respawn móveis e também controlam UAVs portáteis, para descobrir a posição dos inimigos (melhor explicado na sessão de gadgets).

BF3_School_GDC_656x369

Pontos Fortes

Volta do Prone (deitar)

Isso fazia falta no Bad Company 2. Taticamente deitar cria novas coberturas para se entrincheirar e novas rotas para flanquear o exército inimigo. Apesar de parecer simples, o prone é tecnicamente complexo para o desenvolvedor do jogo, pois é difícil fazer o boneco ficar na mesma angulação de terreno, inclusive isso ficou claro no beta do BF3, onde aconteciam os bugs de bonecos deslizando por baixo da terra, porém esse bug foi corrigido na versão GA.

Communication Rose

A Comm Rose está de volta também! Para quem não sabe, a Communication Rose é aquele menu que tinha até o Battlefield 2142, onde era possível a comunicação via rádio. Ela fazia com que o soldado pudesse comunicar ao seu time sobre unidades inimigas, fazendo-as piscar no minimap. Também com ela era possível pedir ajuda para médicos, support (munição) ou carona para veículos. No BF3, a comm rose foi melhorada, pois ao apenas apertar o botão (<Q> por default), apenas ocorre o spotting (como no Bad Company 2), e ao deixá-la apertada, aparecem os outros comandos.

Gadgets

Algo que foi inicialmente implementado no BF2142, que eu pessoalmente senti falta no BC2 foram os gadgets. Até o BF2, os únicos itens que o jogador podia desbloquear eram as armas. Agora cada classe tem vários gadgets bem bacanas, que listarei melhor em breve, em outro post.

Suppressing Fire

Agora faz muito mais sentido atirar dezenas de balas na direção do inimigo. Na vida real, os tiros de cobertura (atirar freneticamente na direção do inimigo, para que o mesmo não saia de trás das proteções) funcionam porque os soldados têm medo de morrer, mas em um jogo não é possível de fazer o mesmo efeito, pois você sabe que vai renascer dentro de alguns segundos. Para que tal efeito pudesse ser transmitido aos jogadores, no Battlefield 3, quando há muitos tiros vindos em sua direção, a sua visão se torna embaçada, obrigando-o a se proteger para voltar a enxergar. Então não se esqueça! Se quiser ajudar os seus colegas a atravessarem um campo aberto, atire sem parar na direção da linha inimiga!

Acessórios nas armas

Seguindo a tendência de Modern Warfare, cada arma tem seus próprios unlocks, incluindo vários tipos de miras como red dots, telescópicas e holográficas, assim como variados gadgets como laser e lanternas táticas e perks de mais munição no pente.

A mira laser e a lanterna tática dão um show à parte, pois adicionaram uma experiência a mais ao jogo, se tornando úteis para ofuscar os oponentes ao mirar (e freqüentemente seus aliados também).

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Pontos Fracos

Faltam Commanders

Realmente no Bad Company 2 não havia a necessidade de Commander, pois os mapas eram relativamente lineares, mesmo no modo Conquest. Porém com a volta dos servidores de 64 players, há mapas que são gigantes, e freqüentemente nos sentimos como baratas tontas sem saber para onde ir!

Também fica a crítica de que o voice chat caiu em desuso, pois além de estar muito ruim, a galera nova que vem jogando não tem o menor senso se teamplay e táticas. Muita gente anda encarando o jogo como um CS, cujo único objetivo é fazer frags.

“Segregação” no combate aéreo

Os perks de combate aéreo acabam dando muita vantagem para quem se especializou para tal. O único jeito de ficar com jatos e helicópteros bons é fazendo pontos, o que fica bem difícil quando você tem apenas os canhões e o seu inimigo já tem mísseis teleguiados e reparação automática de danos. Recomendo a todos que, se tem interesse em combate aéreo, pilotem sempre que tiver a oportunidade, pois quanto mais o tempo passar, mais difícil vai ser voar.

Má administração de servidores

Dar muita liberdade para a configuração dos servidores acabou criando regras conflitantes e incerteza na hora de escolher um para jogar. Agora são mais de 19 opções configuráveis que ficam livres para os donos dos servidores escolherem. Já vi um servidor onde o jogador começava com 60% de vida, os tiros davam 200% de dano, porém era possível dar spotting e não havia killcam. Resumindo, é um prato cheio para snipers, porém não havia indicação alguma de que tal servidor era para isso! Depois de um vergonhoso 0/29, saí do servidor muito frustrado e bem irritado.

No balanço, há mais pontos fortes que fracos nessa nova versão do Battlefield e recomendo a todos que joguem esse incrivel