Video Game Music é maior que apenas os games

Video Game Music é maior que apenas os games

17 de outubro de 2011 0 Por Ferio
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Bom, é verdade que a música está por aí há muito mais tempo que podemos registrar. Muitas festas (culturais ou religiosas) e tradições se apoiam na música, e existem tantos instrumentos diferentes quanto tipos de nuvens nos céus.

Os Vídeo Games são um fenômeno recente, quando comparados ao cinema ou aos quadrinhos, mas nem de longe menos incríveis. O crescimento foi rápido, e suas raízes atingiram vários campos artísticos diferentes. A arte conceitual é lançada em livros e coleções, suas narrativas viram quadrinhos e filmes (ainda que em sua maioria bem ruins) e servem de campo de testes para várias tecnologias. Porém, o campo mais forte a se “desmembrar” dos games é a sua música.

Dos anos 90 pra cá, muito tem sido feito a respeito deste aspecto em especial. Os jogos da Disney tentavam emular suas trilhas sonoras maravilhosas nas versões de console, e vários compositores de renome começaram a trabalhar com vídeo games; Michael Giancchino (Ratatouille, Lost, Medal of Honor) e Jeremy Soule (jogos da série Harry Potter e The Elder Scrolls) são dois nomes dignos de citação. Como os consoles evoluíram, a capacidade musical evoluiu junto. Ainda nos anos 90 era possível ouvir trilhas sonoras complexas, como em Castlevania: Dracula X (no PC Engine) e jogos da SNK no Neo-Geo CD. Mas mesmo o estilo mais tradicional (chiptune) ficou mais complexo com o passar dos anos, e se fixou na memória de muitos fãs.

Atualmente, trilhas sonoras completamente orquestradas são compostas para certos jogos (Mario Galaxy é um grande exemplo disso), e é comum ter trilhas sonoras lançadas junto de edições de colecionador (ou pre-orders) de jogos. Na realidade, já existem eventos especializados em músicas de games (Video Game Orchestra, Video Games Live, dentre outros). A importância da música nos jogos é tamanha que a Nintendo decidiu reunir uma orquestra comemorativa dos 25 anos de sua série The Legend of Zelda, e fazer uma turnê internacional com esta.

Porém, não são somente as músicas orquestradas e arranjadas que fazem sucesso. Seguindo a tendência retrô dos últimos anos (que trouxe de volta as malditas Polaroids), os chiptunes voltaram, e mais fortes do que nunca. Vários jogos, com visual retrô ou não, voltaram aos chiptunes, e compositores surgiram em todo o mundo (como Sabrepulse e Anamanaguchi). Uma grande força ao movimento foi o lançamento dos jogos mais recentes da série Mega Man num estilo retrô, com chiptunes de ótima qualidade. Vários albums focados nesse estilo musical foram lançados nos últimos cinco anos.

Como é possível perceber, a música dos games deixou de ser apenas um acessório e tornou-se um elemento integrante (e principal) da sua construção, tendo um enorme destaque tanto entre músicos quanto fãs leigos. E o apego é grande, seja pela nostalgia, seja pela qualidade instrumental. E isso nos fez respeitar compositores japoneses (dos quais, até então, só se faziam piadas de mau gosto).

Para quem é fã, compartilhem seu amor pela música nos eventos e shows; e prontifiquem-se para que outras iniciativas como essa aconteçam mais vezes.

Por fim, confiram o que os fãs músicos andam fazendo com a trilha sonora de seus games preferidos no Dwelling of Duels, uma das principais fontes de fan versions de game music.